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Cigarro eletrônico: O que eles vendem como liberdade, na verdade é prisão!!

 

          Atualmente, fumar tem sido segregado de nossa sociedade a partir da confirmação de inúmeros estudos revelando a forte ligação do cigarro com inúmeras doenças, como infarto, derrames, vários tipos de cânceres como o de boca, pulmão, laringe (o que acometeu o Presidente Lula) e doenças pulmonares, entre tantas outras, como a mais atual o diabetes. Isto mesmo, o cigarro está ligado ao desenvolvimento do diabetes.

Assim, a Indústria do cigarro que escondeu desde o início que sabia que o produto gerava dependência e, mesmo assim, se omitiu em revelar tais achados, tem procurado outros artifícios para recrutar novos fumantes como peça de reposição, pois sabemos que metade dos fumantes irá morrer em consequência do tabagismo.

Uma dessas alternativas é o atual cigarro eletrônico. Muito bonito e elegante, de diversos tipos, formas, cores e sabores, idealizados justamente para seduzirem e iniciar a dependência em jovens e adolescentes no mundo do tabaco. Este aparelho funciona a bateria, pode ser carregado em tomadas ou até mesmo em computadores e ipads via USB. Tudo muito moderno e chamativo. E ainda por cima, é vendido como produto de menor risco (redução de danos ao organismo) pois não tem combustão da folha do tabaco, reduzindo o número de substâncias nocivas inaladas, apenas um vapor de água é produzido (simulando a fumaça) e um cartucho interno que libera a nicotina para o usuário. Tentador, pois ainda por cima não vem com o perturbador cheiro do cigarro. ERRADO: Estudos têm mostrado a presença de metais pesados nestes aparelhos, como estanho e sílica, além de substâncias tóxicas encontradas em líquidos anti-congelamento. Assim, não existem estudos de segurança que permitam o seu uso, pelo contrário, o fumante estará inalando novas substâncias que não sabemos ser mais aceleradoras de outros tipos de cânceres, por exemplo.

As campanhas atuais desses cigarros eletrônicos vendem a imagem da liberdade, pois com as leis de restrição ao consumo do cigarro em ambientes fechados, a proposta agora é a migração do cigarro comum para o eletrônico, podendo fumar o eletrônico nos locais proibidos e o normal em locais permitidos. ERRADO, a ANVISA (Agência nacional de Vigilância Sanitária) proibiu sua comercialização e, portanto, em território nacional é considerado contrabando. Porém, conseguimos encontrar com facilidade em várias lojas de São Paulo e do Brasil.

A mensagem final é um ALERTA FUTURO DA REALIDADE! O cigarro eletrônico é proibido, porém vamos encontrá-lo com frequência num futuro próximo. Devemos entender que ele NÃO é recomendado para tratamento de tabagismo, ou seja, utilizá-lo não significa que o fumante trocará o cigarro comum, e após, suspenderá definitivamente o tabagismo. Não temos grandes estudos que comprovem isso. O que a Indústria do Tabaco, também conhecida como Indústria da morte, que mata metade dos seus usuários, quer é que o cigarro eletrônico entre no mercado como inicialização de novos clientes, já vimos isso nas décadas passadas, atrizes Hollywoodianas fumando seus glamorosos cigarros para alcançar  seus clientes e, agora, novamente eles usam este marketing poderoso pela visão da liberdade, fumando em aviões, trens e boates, como meio de torná-los dependentes e, finalmente, PRESOS a uma doença de difícil tratamento.

Márcio Gonçalves de Sousa

Coordenador do Grupo de Tratamento de Tabagismo (Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia)

Especialista em Tratamento de Tabagismo – Mayo Clinic (Rochester/EUA)

Liderança em Controle Global do Tabagismo – Johns Hopkins (Baltimore/EUA)

Mestrado em Clínica Médica – UNICAMP

Doutorado em Cardiologia – INCOR/HCFMUSP

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